Mercado Financeiro: O desafio de uma recolocação profissional em bancos e serviços financeiros
A perspectiva de novas oportunidades começou tensa para quem busca uma recolocação profissional em bancos e serviços financeiros. O mercado financeiro brasileiro iniciou o ano com as atenções voltadas às Lojas Americanas, quando Sérgio Rial, ex-CEO, deixou o cargo em apenas 10 dias e anunciou a existência de um rombo bilionário pegando o mercado de surpresa.
Além disso, seguimos passando por diversos ruídos políticos. Desde a eleição de Lula para seu terceiro mandato, o mercado vem tentando entender qual será a política econômica a ser implementada e até onde o congresso poderá ser um freio para ideias consideradas mais radicais.
E se já não fosse suficiente, no cenário internacional fomos surpreendidos com notícias como a do Silicon Valley Bank e do Credit Suisse.
Estes são alguns gatilhos que colocaram o mercado financeiro em polvorosa, sem contar outros fatores como aumento de inflação, juros, queda do Ibovespa, risco sacado e a dificuldade de acesso ao crédito que já estamos enfrentando.
Fato é que os profissionais do setor precisarão redobrar o zelo com os ativos de seus clientes em razão das circunstancias do cenário atual, mas o momento também requer atenção especial destes executivos com seu maior patrimônio: suas próprias carreiras.
Diante desta situação, a Connection, especializada em recolocação profissional no mercado financeiro, propõe algumas considerações aos profissionais do setor visando aumentar sua compreensão sobre a realidade do mercado e elucidar estratégias, possíveis desafios e alternativas de carreira para àqueles que desejam se antecipar as mudanças.
Normalmente, o primeiro cenário considerado por aqueles que desejam uma transição de carreira é um reposicionamento dentro do mesmo setor em que atua, tendo em vista que já acumula experiência e também conhece as especificidades do negócio.
Pensando desta forma, ressaltamos alguns dos principais desafios para uma recolocação profissional em bancos e serviços financeiros atualmente:
Alta competitividade:
O mercado financeiro é conhecido por ser uma arena de competição acirrada, e neste momento estamos diante de um descompasso entre o grande número de profissionais buscando novas oportunidades e a baixa quantidade de vagas ofertadas no mercado, sem contar que grandes empresas do setor estão em momento de reajuste de estrutura, realizando os tão temidos “Layoffs”. Para se destacar e conseguir a almejada recolocação profissional em bancos e serviços financeiros em um mercado tão saturado, os candidatos devem ter habilidades especializadas, competências comportamentais bem desenvolvidas, uma rede de contatos sólida, experiências relevantes e resultados consistentes.
Regulamentação em constante mudança:
As regulamentações e as políticas do mercado financeiro mudam constantemente. Os profissionais precisam estar atualizados com as últimas tendências do setor e mostrar que estão altamente preparados para lidar com as mudanças.
Mudanças tecnológicas:
A tecnologia está mudando a forma como o mercado financeiro opera. Os profissionais precisam ampliar seus conhecimentos em tecnologia para manter-se atualizados e competitivos no mercado.
Escassez de talentos:
Parece ambíguo, mas não é. Se por um lado há escassez de oportunidades, por outro ainda há dificuldade de atração de talentos para oportunidades específicas, principalmente em um setor em constante transformação. O mercado financeiro precisa de profissionais “ultra” qualificados em muitas áreas, abrangendo finanças, tecnologia, compliance e gestão de riscos. A falta de profissionais com competências técnicas e conhecimento especializado pode dificultar as contratações, fazendo com que as empresas do setor permaneçam em “guerra” pelos mesmos profissionais com a experiência e conhecimento necessário.
Mudança na cultura do trabalho:
Com a pandemia do COVID-19, modelos de trabalho remoto e híbrido tornaram-se mais comuns e podem ser uma opção permanente para muitas empresas. É imprescindível estar preparado para trabalhar remotamente e se adaptar a novas formas de comunicação e colaboração em equipe.
Estes são alguns fatores que faz com que a recolocação profissional em bancos e serviços financeiros ofereça uma disputa bastante competitiva. Veja agora algumas competências, conhecimentos e áreas em alta no setor:
Segundo o Estudo de Remuneração da consultoria Michael Page 2023 (Tendências para Bancos e Serviços) os três grandes focos de habilidades para os profissionais se manterem competitivos no mercado de trabalho são:
- Dominar o inglês;
- Ter conhecimentos de linguagem de programação para dialogar com as novas soluções;
- Estar atualizado com todas as mudanças e incrementos nas normas e regulamentações.
O Estudo de Remuneração Michael Page 2023 ressalta ainda, que os cargos em alta em Financial Houses são para fusões e aquisições. Em Crypto, são os Head de Operações e Relações Governamentais, Assuntos Regulatórios e Fiscais. Em Fintechs e Meios de pagamentos são as Lideranças Comerciais e, finalmente, em Banking, o destaque vai para Analistas Sêniores das áreas de risco de crédito e auditoria.
Acesse o Estudo de Remuneração 2023 da Michael Page na íntegra clicando aqui.
Ainda que esses desafios possam parecer intimidantes, há também muitas oportunidades no mercado financeiro para aqueles que estão dispostos a trabalhar duro e se manter atualizados com as últimas tendências.
O mercado financeiro é um setor pulsante no Brasil. Para dar um rápido panorama da sua dimensão, saiba que o Banco Central do Brasil publica uma lista atualizada de todas as instituições financeiras autorizadas a operar no país. A lista é atualizada regularmente, e neste momento inclui mais de 2.000 instituições financeiras.
Acesse o site do Banco Central clicando aqui.
Um outro cenário para reflexão:
É interessante pensar que o mercado de recrutamento e seleção no Brasil, diferente de outros países, ainda opera fortemente sob a lógica do “mais do mesmo”, ou seja, uma estratégia de recrutamento muito utilizada pelos recrutadores e gestores é contratar pessoas com experiência no setor para diminuir os riscos de contratação. Contudo, há empresas e líderes que já rompem com este paradigma, e frequentemente esta movimentação “inter-segmento” costuma acontecer com mais fluidez quando se dá em setores adjacentes ao que já se acumula alguma experiência.
Sendo assim, pensando em estratégias de carreira, além de procurar oportunidades dentro dos principais concorrentes, é muito importante considerar empresas periféricas ao seu setor como empresas clientes, fornecedoras, entre outras. No setor de Bancos e Serviços Financeiros, listamos alguns exemplos de segmentos que vale ficar de olho, pois fornecem produtos e serviços complementares ou interdependentes.
Empresas de meios de pagamento:
Empresas como Visa, Mastercard e American Express oferecem soluções de pagamento eletrônico que dependem da infraestrutura bancária para processar as transações.
Fintechs:
Empresas que utilizam a tecnologia para oferecer serviços financeiros inovadores, como transferências internacionais de dinheiro, empréstimos online, gerenciamento de investimentos, entre outros. Algumas das principais fintechs no Brasil atualmente são Nubank, Guiabolso, PicPay, Banco Inter, Bidu, Ceditas, Banco Original, Contabilizei e Neon.
Seguradoras:
Empresas que oferecem serviços de seguros de vida, saúde, automóveis, entre outros, e que muitas vezes trabalham em parceria com os bancos para oferecer produtos financeiros.
Corretoras de valores:
Empresas que realizam operações no mercado financeiro, como compra e venda de ações, títulos e outros ativos financeiros.
Cooperativas de crédito:
Cooperativas oferecem serviços financeiros similares aos dos bancos, como empréstimos e contas correntes, mas com uma estrutura diferente. Em uma cooperativa de crédito, os membros são os donos da organização e têm voz nas decisões importantes. Os lucros são distribuídos entre os membros ou reinvestidos na cooperativa. As principais cooperativas no Brasil atualmente são CRESOL, SICOOB, SICRED, UNICRED E AILOS.
Empresas de tecnologia:
Fornecem soluções para os bancos, como sistemas de gerenciamento de dados, segurança cibernética, serviços em nuvem, entre outros.
Leasing:
Organizações que oferecem serviços de leasing, que permitem que os clientes aluguem equipamentos ou bens móveis por um período determinado de tempo. O leasing pode ser usado para comprar carros, maquinários, equipamentos de tecnologia e outros bens.
Corretoras de investimentos:
Empresas que oferecem serviços de investimentos, como fundos de investimento, previdência privada, gestão de patrimônio e outros.
Instituições de crédito:
Empresas que oferecem crédito para pessoas físicas e jurídicas, incluindo empréstimos pessoais, financiamentos imobiliários e empréstimos para empresas.
Consultoria financeira:
Empresas que oferecem serviços de consultoria para ajudar os clientes a gerenciar suas finanças pessoais ou empresariais.
Agências de rating:
Instituições que avaliam o risco de crédito das empresas e emitem notas de crédito que os investidores utilizam para tomar decisões de investimento.
Meios de pagamentos:
Fornecedores de serviços de processamento de pagamentos eletrônicos para bancos, varejistas, lojas online, empresas de e-commerce e outras empresas que precisam processar transações financeiras. Exemplos incluem PayPal, Stripe, PagSeguro, entre outros.
Empresas de câmbio:
Empresas que oferecem serviços de câmbio para pessoas físicas e jurídicas, como transferências internacionais de dinheiro e conversão de moedas. Essas empresas geralmente trabalham em estreita colaboração com os bancos para facilitar transações internacionais. Exemplos incluem a TransferWise, Western Union, entre outros.
Empresas de análise de crédito:
Empresas que fornecem informações sobre o histórico de crédito dos clientes, incluindo pontuações de crédito, histórico de pagamentos e outros fatores que influenciam a capacidade de crédito dos clientes. Exemplos incluem Serasa, Boa Vista, SPC Brasil, entre outros.
Empresas de segurança de dados:
Empresas que oferecem soluções de segurança cibernética para bancos e outras instituições financeiras, incluindo prevenção contra fraudes e ataques cibernéticos. Exemplos incluem Norton, McAfee, entre outros.
Gestão de ativos:
Gerenciam investimentos em nome de indivíduos e empresas, incluindo fundos mútuos, fundos de hedge, fundos de pensão e outros.
Auditoria e contabilidade:
Empresas que fornecem serviços de auditoria e contabilidade para empresas. Cabe destacar o famoso grupo das “Big 4”, composto por Deloitte, PWC, E&Y e KPMG e salientar a Granth Thornton que está entre as principais empresas de auditoria do mundo e também possui presença expressiva no Brasil.
Um desejo comum e possível que exige preparação:
Uma outra possibilidade é a transição para empresas de outros setores. Refletindo sobre este cenário, é bem importante que o profissional se alicerce em seu “core” de carreira, ou seja, nas suas competências técnicas, experiências e conhecimentos especializados, além das suas competências comportamentais, que podem ser transportados para outro setor, afinal de contas vendas é vendas, gente é gente e finanças é finanças, seja em uma empresa do segmento financeiro, farmacêutico ou automotivo. No entanto, certamente o conhecimento das especificidades do negócio é um diferencial, como já falamos, por isso também é importante demonstrar alta capacidade de adaptabilidade aos diferentes ambientes e culturas empresariais e rápido entendimento do negócio para geração de resultados das operações e unidades sob sua responsabilidade.
Posto isso, cabe ressaltar que também há alguns desafios comuns enfrentados por executivos do mercado financeiro ao buscar uma recolocação profissional em bancos, serviços financeiros e empresas de outros setores. Destacamos alguns deles abaixo:
Experiência Setorial e Habilidades:
Executivos de bancos podem possuir habilidades específicas para o setor, como conhecimentos em finanças, riscos e compliance, entre outros, que podem não ser tão relevantes em outras indústrias. Ou seja, a experiência em bancos pode não se traduzir diretamente para outro setor. Por isso, em um momento de mudança, é imprescindível que os profissionais possuam habilidades transferíveis que possam ser aplicadas a outros negócios. Consequentemente, será necessário adquirir novas habilidades e conhecimentos para ter sucesso em outro setor.
Altas expectativas salariais:
Executivos de bancos geralmente são muito bem remunerados e é comum que eles esperem salário, benefícios e bônus relevantes. É possível que eles precisem se ajustar a uma nova realidade salarial em outro setor ou essas expectativas salariais podem limitar o número de oportunidades disponíveis.
Rede de contatos limitada:
As redes de contatos são extremamente importantes no mundo dos negócios, mas muitas vezes o desenvolvimento desta rede acontece por intermédio do seu papel profissional e acaba ficando restrita ao seu segmento de atuação, por isso é comum os executivos terem uma rede de contatos limitada fora de sua empresa ou setor atual. Neste contexto, poderá ser preciso expandir sua rede de conexões para ter sucesso nesta transição.
Cultura organizacional:
A cultura em bancos é única e pode ser desafiador para os executivos se adaptarem a um novo sistema de valores compartilhados diferente em outro setor. Eles precisam estar dispostos a aprender novas maneiras de trabalhar, se adaptar rapidamente a uma nova cultura e ajustar seu comportamento para serem bem-sucedidos em um ambiente diferente.
Falta de experiência:
Executivos que mudam para um setor diferente muitas vezes têm pouca ou nenhuma experiência no novo segmento. Eles precisarão aprender rapidamente sobre a nova indústria, seus clientes, concorrentes e regulamentações.
Reputação:
A reputação de um executivo de banco pode ser uma vantagem em alguns setores, assim como pode ser vista com desconfiança em outros. Eles precisarão gerenciar cuidadosamente sua reputação e construir novas redes de contatos para ter sucesso em um novo ambiente.
Estrutura hierárquica:
Bancos são organizações muito hierárquicas, com níveis claros de autoridade e tomada de decisão. Outros setores podem ter estruturas mais horizontalizadas, com mais flexibilidade e colaboração. Para alguns executivos de banco pode ser desafiador se adaptar a essa mudança de cultura e estilo de liderança.
Se você ou sua empresa está planejando mudanças, saiba que você não precisa fazer isso sozinho. Com a ajuda de uma empresa especializada em transição de carreira e recolocação, este processo pode ser conduzido de forma estruturada, apoiando o executivo na preparação da sua movimentação, através dos recursos e conhecimentos promovidos, de forma sustentável e ágil.
6 razões para contratar o programa de Replacement da Connection:
1 – Profissionais que contratam o Replacement, encontram um novo trabalho 3X mais rápido, o que ameniza os impactos emocionais e financeiros.
2 – Contar com nossos Sócios para realizar o Jobhunting para o seu perfil de modo exclusivo.
3 – Maior acesso às oportunidades do Mercado, Vagas da Mídia e do Mercado Escondido.
4 – Metodologia de Inteligência de Mercado própria desenvolvida e validada em grandes empresas nacionais e multinacionais.
5 – Ampliar networking de maneira estratégica, Reposicionamento Digital, Digital Intelligence e Aumento de Visibilidade via Algoritmo.
6 – Consultores sêniores dedicados durante todo o processo, aliado aos recursos digitais.
O Replacement da Connection é direcionado para a recolocação profissional em nível nacional, voltada aos seguintes públicos: Administrativos, Especialistas, Gerentes, Diretores, C-Level, Conselheiros e Presidentes.
Ao contemplar seus colaboradores com o Replacement, nosso programa de recolocação profissional em bancos e serviços financeiros, sua empresa passa a realizar processos de demissão de forma responsável, contribuindo para que seus ex-colaboradores possam minimizar os impactos do desligamento, promovendo descobertas de novas possibilidades e competências, resgatando assim, sua identidade profissional e aumentando sua competitividade na busca de novas oportunidades, além de reduzir o risco de passivos trabalhistas.
Além disso, nosso programa de recolocação profissional em bancos e serviços financeiros conta com um Sócio responsável por cada processo, um consultor de carreira sênior e um consultor de inteligência de mercado para impulsionar o mapeamento de oportunidades e definição de empresas-alvo.
Se você ou sua empresa também desejam conhecer melhor sobre o programa de recolocação profissional da Connection, sugerimos que entre em contato conosco pelo telefone 11 4081-3023 / 11 94053-2730 ou visitem nosso site www.connectionhr.com.br para obterem mais informações; inclusive sobre demais serviços, tais como: Outplacement Individual, Outplacement Coletivo, Outplacement para Conjugê, Outplacement Virtual, Outplacement em Grupos, Programas de Demissão em Massa.
Será um prazer conversar com você!