Tag coaching de carreira

Abordar o assunto pode ser mais simples do que parece quando se tem consciência do próprio trabalho

Romina Muhametaj é a fundadora do Six 7 Radius, agência de marketing, comunicações e relações públicas, além de ser apresentadora do podcast “Coffee with Romina”.

Morando sozinha nos Estados Unidos desde os 17 anos, ela começou a negociar ainda jovem, quando acompanhava de perto o trabalho do pai em negociações B2B. Desde então, ela já atuou com vendas e RH, mas de alguma forma sempre se manteve ligada ao ramo das negociações.

Assim, Romina compartilha algumas dicas úteis para pedidos de aumento de salários e de outras coisas que você possa precisar pedir ou negociar onde trabalha. Veja algumas delas abaixo:

 

Seja claro porque você merece isso

 

Há uma diferença entre querer, precisar e merecer um aumento salarial. E embora você possa pensar que todos os três se aplicam a você, você só terá um aumento se merecer.

“Se você precisa de um salário mais alto porque quer comprar um carro, esse é o motivo errado. Mas se você se comparar com os outros e perceber que está entre os melhores, você ganha o direito de solicitar um aumento de salário”, diz Romina. O importante é se colocar na posição de seu gerente ou empregador. Por mais legais que possam ser, ou queiram ser, eles têm um negócio, e as empresas não têm sucesso oferecendo aumentos salariais às pessoas.

Se você tem um dos melhores desempenhos da empresa ou excede regularmente suas metas, é provável que esteja em uma boa posição para pedir mais dinheiro. Uma empresa que deseja ter sucesso reconhecerá o benefício de investir em seus melhores talentos.

 

Faça a pesquisa

 

Você deve saber que tem um desempenho superior, mas pode provar isso? Romina destaca que as pessoas muitas vezes esquecem o que fazem na sua rotina diária, assim como grande parte do que produziram alguns dias antes e no último trimestre. Da mesma forma, a menos que você esteja sendo microgerenciado (o que provavelmente não é uma posição na qual deseja ocupar, por mais bem pago que seja), é improvável que seu gestor saiba realmente como você está se saindo. Assim, você pode se surpreender com o quão valioso você é quando dedicar um tempo para quantificar seu esforço

“Eu sugiro fazer um mini portfólio”, diz a especialista. Ele não deve ser apenas uma lista do que você fez porque era a sua obrigação, mas também deve conter todos os extras: aquelas partes onde você foi além, os tempos que você excedeu, as metas ou as economias que você foi capaz de fazer para a empresa

“Se você apenas fizer isso por um trimestre e pedir para sentar-se com seu chefe, você pode dizer ‘Ei, eu amo este trabalho a ponto de estar fazendo coisas adicionais’”, explica Romina. “Você não está dizendo que merece um aumento; você provou que merece um aumento. ”

 

Seja confiante

 

Ser confiante é algo mais fácil de falar do que de fato ser. Mas existem coisas que você pode fazer para ajudar. Romina recomenda manter um diário de seus sucessos, contendo onde e quando eles vierem. “Ninguém vai pegar na sua mão e dizer: ‘Ei, olhe para esta lista de coisas que você fez’”, explica ela. “Você tem que fazer reflexões o tempo todo. Sempre que recebo boas notícias, eu as anoto. Cada vez que realizo algo novo, eu anoto. Você pode construir sua própria confiança.

Também é importante perceber que você não tem nada a perder. O pior cenário é que eles digam “não”. E mesmo assim, você não perdeu nada com isso e ainda tem algumas opções. Um “não” pode significar coisas diferentes, como “não agora”. Talvez a empresa simplesmente não possa pagar e ofereça outra coisa, como uma função diferente ou um projeto.

A confiança é o aspecto mais importante. Afinal, se você não consegue se convencer de que merece um aumento salarial, provavelmente terá dificuldade em convencer um chefe. “Comece de dentro, prove a si mesmo, antes de ir para outro lugar”, recomenda Romina. “Depois de construir a partir de dentro, você pode ir para a mesa de negociações com confiança e negociar qualquer número.”

E, se não funcionar, pode não ser uma coisa ruim. Depois de reunir todas as evidências, você pode perceber que é muito melhor do que imaginava: e que já tem tudo o que precisa para conquistar o trabalho dos sonhos.

Por Kwame Christian – artigo publicado pela Forbes, leia o original aqui.

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A sensação de falta de confiança pode estar associada a uma atitude defensiva dos subordinados que resistem a se envolver no processo de liderança

“Meu chefe não parece estar preparado para tomar algumas decisões. Tenho dificuldades em confiar nele. Como melhorar a nossa relação?”

Por Elza Veloso

Atualmente, consideramos a liderança um processo que depende do líder, dos seguidores e do contexto.

Embora nem sempre um chefe seja reconhecido como um bom líder, o fato de uma pessoa ocupar um cargo de chefia confere a ela o poder legítimo, reconhecido pela estrutura organizacional e pelas regras de subordinação de uma empresa.

Mesmo sabendo que a liderança depende de consentimento dos liderados, o poder do cargo faz com que o ocupante de uma posição tenha autoridade para determinar a maneira como a equipe será conduzida.

Nessa situação é importante que os subordinados reconheçam que, o que pode parecer despreparo do chefe para tomar decisões, muitas vezes pode ser reflexo do estilo que essa pessoa usa para decidir em determinadas situações.

Na visão atual, entendemos também que o líder pode variar seu estilo, dependendo da situação e do momento da equipe, o que pode confundir os subordinados quanto à sua competência.

Refletir sobre o processo de liderança é algo que pode ajudar liderados a entenderem que a observação quanto às reações e atitudes de um líder pode levar a interpretações equivocadas, principalmente porque os líderes costumam ter prioridades que nem sempre são tão claras para seus liderados.

Quando a pessoa assume um cargo de gestão, ela precisa assumir uma posição de atuação política que, muitas vezes, levam a decisões mais importantes no longo prazo e que não são tão visíveis no dia a dia da equipe.

Diante dessa complexidade que envolve a relação entre o chefe e sua equipe, a sensação de falta de confiança pode estar associada a uma atitude defensiva dos subordinados que, ao não se identificarem com o chefe, resistem a se envolver e a contribuir com o êxito do processo de liderança.

Para facilitar essa relação, algumas possibilidades de mudança de comportamento podem ser de grande valia:

Diminua os julgamentos negativos: quando a pessoa recebe um cargo de liderança, passa a ser observada e, consequentemente, julgada por seus subordinados.

Muitas vezes, os julgamentos negativos impedem a criação de laços e levam a um ciclo vicioso em que a confiança diminui, faz com que a produtividade não seja satisfatória e isso leva a uma diminuição ainda maior da confiança.

Então, a redução dos julgamentos negativos quanto ao seu chefe e a consequente concentração nos resultados do trabalho é algo que pode ajudar a melhorar a relação.

Busque aproximação: a resistência à aceitação da pessoa como líder e a falta de confiança podem gerar um afastamento difícil de ser contornado.

E ninguém ganha com isso… Chefes, subordinados e outros envolvidos com a equipe podem ser prejudicados por essa falta de harmonia interna.

Então, para melhorar essa situação, o subordinado pode tentar se aproximar do líder de forma mais aberta, investindo na construção de um relacionamento genuíno.

Tenha empatia: quando o líder tem características pessoais diferentes das dos seus subordinados, por conta do seu comportamento, pode gerar uma situação em que que ambas as partes tenham dificuldade de ser empáticas uma com a outra, ou seja, perde-se a capacidade de entender o que a outra pessoa está sentindo.

Esse fato pode fazer com que a intolerância a decisões do chefe que não sejam tão acertadas aumente demais, levando à incapacidade de reconhecer os acertos de outras decisões.

Seja confiável: mesmo quando não sentimos confiança em nosso chefe, é muito importante desenvolvermos a capacidade de mostrar que ele pode confiar em nosso trabalho e no relacionamento amigável que somos capazes de proporcionar.

Isso pode ativar o efeito recíproco da confiança e gerar um ambiente de trabalho mutuamente gratificante.

Procure contribuir com as decisões: Os problemas de relacionamento podem levar um subordinado a se afastar de suas possibilidades de contribuir para que as decisões do chefe sejam mais assertivas.

Então, ao invés de esperar que o chefe decida sozinho, é você quem pode colaborar com opiniões e até mesmo com informações que sejam contributivas e que melhorem o processo decisório da equipe como um todo.

A liderança é um exercício de autoconhecimento e, mesmo na posição de subordinado, é importante identificar a importância do seu papel profissional, reconhecendo em si mesmo o papel que pode exercer no processo de liderança.

A dificuldade de relacionamento, especialmente com os chefes, pode ser prejudicial para a carreira de qualquer pessoa.

Também é preciso lembrar que o subordinado de hoje pode ser o chefe de amanhã. O próximo a ocupar uma posição maior na hierarquia da empresa pode ser você! Então, aproveite as oportunidades que tiver para aprender com os erros e acertos do seu chefe e torne-se um profissional melhor.

Matéria publicada na revista Infomoney, leia na íntegra aqui.

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