Tag connection recolocação

Diante de uma nova oferta de trabalho, é comum surgirem dúvidas e angústias em relação a tomada de decisão, principalmente se o candidato já estiver empregado ou diante de outra proposta concomitantemente.

De acordo com o Modelo Decisório Racional da Economia Clássica seria muito simples resolver esta questão: qual empresa paga mais? Então é pra lá que eu vou!

Mas, as coisas não são simples assim, e se você sofreu ou está sofrendo para tomar uma decisão similar a esta, saiba que você não está sozinho! Qualquer pessoa nos seus calçados tende a se sentir assim desta mesma forma, e este fato se dá, porque esta situação de escolha e decisão descrita acima se enquadra dentro da teoria da “racionalidade limitada” de Herbert Simon.

Cabe ressaltar que Simon ganhou o Nobel em economia justamente por ajudar a economia a romper com o modelo tradicional da teoria da oferta e demanda para a complexidade do mundo real da psicologia e da ciência comportamental.

Sua teoria parte do pressuposto de que é impossível fisicamente ao indivíduo acessar e processar todas as informações possíveis, além do elevado custo que envolveria esse processo. Esse modelo defende, ainda, que a impossibilidade está na capacidade limitada do processo cognitivo do ser humano e também na impossibilidade do cérebro em processar todas as informações.

O conceito de racionalidade limitada (Bounded Rationality) abriga ainda outras limitações do processo cognitivo que “são os aspectos subjetivos, relacionados às experiências anteriores dos tomadores de decisão e às suas crenças”. A respeito de outras influências que atuam sobre o tomador da decisão também são enumerados os interesses políticos e sociais, fatores psicológicos e emocionais, além de pressões afetivas e diferentes motivações.

Além da limitação cognitiva da mente individual, tem outras duas dimensões que também influenciarão este processo, a informação disponível, bem como o tempo disponível para a tomada de decisão.

Posto isso, vale lembrar que todo movimento de carreira é delicado, por isso além de considerar fatores triviais como a posição, remuneração, o porte e a reputação da empresa contratante, abaixo destaco mais alguns pontos importantes que na teoria de Simon seriam tratados como “informações disponíveis” e que certamente vale a pena considerar para apoiar sua decisão rumo a um reposicionamento sustentável:

Tecnicidade:

Você entrega o que a oportunidade demanda tecnicamente? Está absolutamente seguro que os conhecimentos técnicos e especializados requeridos na nova função são amplamente dominados por você? Como diz o jargão de mercado: “estará pronto pra entrar jogando?” E mesmo que você tenha equipes altamente especializadas em temas que você não tem domínio, se sente seguro para fazer a gestão destes times?

Comportamento:

Qual o comportamento esperado desta pessoa que irá assumir a posição? Estão buscando alguém para redesenhar os processos, mudar a cultura do departamento ou do negócio e assim “quebrar alguns ovos” ou alguém que entre com um perfil mais de mantenedor com objetivo de manter as coisas praticamente como já vinham sendo feitas? Seu comportamento e suas atitudes estão em linha com este modelo?

Cultura:

Qual a cultura desta empresa? É uma empresa familiar? Uma multinacional americana, coreana, japonesa, alemã, uma empresa investida por um fundo? Eu me adéquo a este perfil cultural? Tenho boas referências ou já tive boas experiências com esse estilo de cultura? Normalmente este é um fator de difícil análise durante o processo seletivo, no entanto há duas formas de tentar ter mais acesso as informações sobre a cultura da empresa em questão: a primeira é analisar a forma como a empresa conduz as etapas do próprio processo seletivo, isso pode falar muito sobre o perfil cultural da companhia e a outra forma é tentar identificar dentro da sua rede de contatos pessoas que já trabalharam naquela empresa e que poderão te passar informações reais sobre os sistemas de valores compartilhados naquela organização.

Gestor:

Avaliar profundamente a pessoa que vai te liderar neste desafio é fundamental. Invariavelmente, a pessoa que vai trabalhar acima de você diretamente, terá uma influência enorme em como será esta nova empreitada. Quem já teve um bom chefe, sabe o valor que tem, assim como quem já teve um chefe ruim, também sabe o peso que tem. Portanto, busque ao máximo conhecer o seu líder durante o processo de forma genuína e analise: houve sintonia entre vocês? Parece ser um líder inspirador? Ao que tudo indica, este líder vai ajudar a impulsionar minha carreira? Faz sentido passar 08h, 10h, 12h do seu dia com essa pessoa?

Sua área X estratégia da empresa:

Este é um ponto interessante e que muitas vezes, no primeiro momento, acaba passando despercebido por muitos profissionais diante da empolgação com a nova oportunidade, com a empresa ou por tudo que já foi apresentado. Tente investigar qual o real grau de relevância que a sua área de atuação tem dentro da empresa. Quais são as diretrizes da empresa para a sua área de atuação em curto, médio e longo prazo? Sua área é estratégica dentro da companhia? Você vislumbra projetos importantes em médio e longo prazo? Sua área de atuação conta com executivos em nível de Vice Presidência ou C-level?

Momento da Empresa:

Vivemos um cenário de negócios complexo e não é incomum vermos grandes corporações passando por momentos de duras dificuldades ao passo que também temos pequenas e médias empresas vivendo momentos muito prósperos. Por isso é extremamente importante considerar qual o momento da empresa. Está em dificuldades? Está em ascensão? Vive um momento de certa estabilidade? Faz sentido minha ida neste momento? Quero encarar este desafio junto com este grupo? Será oportuno para minha carreira?

Por último, mas não menos importante: veja, ouça, sinta e perceba sua intuição!

Como vimos aqui, decisões como esta, infelizmente, não podem ser tratadas de modo absolutamente racional, portanto, após realizar todas estas considerações calmamente e criteriosamente, retire um tempo para refletir e perceber para que lado aponta a sua intuição. A voz do coração sempre encontra uma forma de se pronunciar e quanto mais energia criativa, imaginativa e de realização colocamos em nossos planos, mais facilitamos sua manifestação.

Por Gabriel Toschi de Mattos
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Perigo invisível para o empreendedor, obstáculo histórico das mulheres, dilema na vida dos acadêmicos,  doloroso retorno dos velhos garotos do intercambio, a bomba relógio do profissional em transição de carreira.

 

O presente artigo visa retratar uma perversidade praticada  pelo mercado de recrutamento e seleção e por contratantes em processos seletivos. Trata-se da análise feita sob a periodicidade dos ciclos de carreira do profissional em sua história.

O primeiro ponto avaliado, refere-se a extensidade do período em cada uma de suas passagens profissionais, entende-se que sua permanência na mesma companhia reflete seu grau de estabilidade ou instabilidade.

O segundo ponto considerado é o tempo que o profissional realizou determinada atividade, pois na mesma empresa, este pode ter tido atuações em áreas distintas.

E o terceiro ponto analisado diz respeito há quanto tempo o profissional não está conectado com a atividade que está em análise para o processo em questão.

A lógica dos recrutadores, diante deste terceiro critério presume que se o profissional estava realizando a mesma atividade, em outra empresa, a pouco tempo atrás, provavelmente sua adaptação e seu tempo de resposta será mais rápido dentro de um cargo similar, e assim, minimizasse os riscos da contratação.

Contudo, percebe-se no mercado contratante, um julgamento precipitado e por vezes até errôneo formatado sob alguns profissionais, classificando-os como “obsoletos” para determinada atividade, devido ao período que não estão atuando diretamente nesta área ou não a praticam como área “core“.

Esta percepção pré-concebida impacta de forma negativa  e direta sobre a carreira de muitos profissionais que, muitas vezes desavisados, realizam movimentos em suas carreiras que tem como herança uma perda abrupta em seu grau de empregabilidade e logo encontram grande dificuldade para retornar ao mercado formal de oportunidades ou a sua área de maior conhecimento e domínio.

Obviamente, se a pessoa já não exerce nada correlacionado a função a muito tempo, há uma grande possibilidade de seu grau de conhecimento e atualização estarem defasados comprometendo sua performance, no entanto, infelizmente é comum ver profissionais serem taxados nas frias triagens curriculares como obsoletos por estarem pouquíssimo tempo afastados da área, em alguns casos, seis meses já são suficientes para acentuar a dificuldade para a nova colocação.

Isso pode variar dependendo da área; áreas que passam por muitas atualizações como tecnologia e inovação, bem como áreas que passam por constantes mudanças legislativas como jurídico, financeiro e departamento pessoal tendem a serem mais perversas neste quesito.

Nota-se também um olhar acentuado para este ponto em áreas de negócios e relacionamentos comerciais como vendas, compras, contratos, licitações, recursos humanos, financeiro, entre outras, que envolvam conhecimento e contatos com clientes, fornecedores, bancos, distribuidores, órgãos governamentais e outras alianças para distintos fins.

Tomemos como exemplo o empreendedorismo.

 

Estatisticamente, 80% dos novos negócios que iniciam uma operação formal no país encerram suas atividades dentro de dois anos.

São muitas as dificuldades enfrentadas para se abrir uma empresa neste país, as quais demandam horas de estudo e aprofundamento por parte dos que optam seguir o caminho do empreendedorismo. Para o empreendedor, este “Tempo Excedido” no primeiro momento acaba por ser um perigo invisível que muitos não se dão conta enquanto estão envolvidos com a empreitada de administrar seu negócio.

Pois bem, se é difícil abrir uma empresa neste país, fechar, acaba por ser ainda mais complicado, e comumente, o encerramento das operações vem acompanhada da descapitalização do proprietário e problemas na esfera jurídica.

Caso dentro de dois anos, este empreendedor venha a fazer parte da estatística negativa, provavelmente tentará retomar uma posição dentro de uma empresa como forma de trabalho, e normalmente, é neste momento que a dinâmica do “Tempo Excedido” vem como um golpe de misericórdia do mercado para aqueles que sucumbiram como empresário.

Neste caso, o entrave está na desconexão com sua área “core“, pois possivelmente, este profissional antes de empreender deveria ter carreira direcionada em uma área especifica e ao empreender ele se torna um generalista uma vez que na maioria das pequenas empresas e  startups, o executivo que está como numero 1 atua como CEO (Chief Everifithing Officer)  e passará a responder por todos os setores da companhia até ter estrutura e budget para começar a contratar pessoas para cada área do negócio. Ao retomar sua busca por uma nova oportunidade no mercado, este profissional deverá buscar apoio dentro de sua competência técnica principal, retornando a área que ele atuava antes de tentar a vida como empresário, até porque, se o seu empreendimento não foi bem, a colocação como número 1 em outra companhia de porte maior é um cenário infactível.

E em sua área core anterior, infelizmente sua recepção é feita pelo julgamento caloroso de contratantes, no mínimo precipitados, que determinarão que ele está desatualizado.

Agora perceba que esta dinâmica do “Tempo Excedido” não é uma exclusividade dos empreendedores.

Coloquemos luz em um grande desafio histórico das mulheres do mercado de trabalho: gravidez.

 

Comumente a mulher que empreende uma carreira executiva no mercado tende a criar estratégias de vida e carreira para conciliar este momento, estratégias que buscam aliar fatores como idade, pilar financeiro, momento de vida e momento profissional.

Dentre estas estratégias normalmente considera-se no tema carreira se é melhor engravidar trabalhando em uma empresa ou fora do mercado, justamente por todas dificuldades de conciliar carreira e maternidade, assim como pela perda de competitividade para o mercado dependendo da escolha.

Aquelas que optam por estar fora do mercado para engravidar, terão o desafio conhecido de retornar ao mercado e enfrentar os preconceitos e vieses inconscientes praticados pelo mercado em relação a gravidez.

Contudo, há um outro fator que também tende a impactar a carreira da mulher que parou para engravidar neste momento: o período de interrupção em sua trajetória.

Considerando o período de gestação, somado ao período posterior ao nascimento em que a presença da mãe é essencial, teremos, no mínimo, um ano e três meses de afastamento do mercado.

Este período sem trabalhar, quando transportado para um currículo tende a tornar o retorno ao mercado mais complexo, pois nas triagens dependendo da visão do contratante e do segmento, esta janela no CV poderá colocar em cheque a sua experiência e seu nível de atualização ainda nas etapas iniciais dos processos seletivos fazendo com que as mulheres sejam impactadas pela dinâmica que tratamos aqui.

Outro grupo de profissionais impactados pelo fenômeno do “Tempo Excedido” são os acadêmicos.

 

Nos países de primeiro mundo, o mercado e o mundo acadêmico são bastante conectados, e é muito comum um profissional que opta em investir no seu aperfeiçoamento dentro do ambiente acadêmico com especializações como mestrado e doutorado encontrar ótimas oportunidades assim que conclui seus estudos e busca oportunidades de trabalho, pois o mercado além de reconhecer seus esforços e o conhecimento adquirido também entende que ele conseguirá transportar para o mundo do trabalho suas competências desenvolvidas durante a formação.

Contudo, no Brasil esta visão é diferente, lamentavelmente ainda há em nosso mercado uma grande lacuna entre o ambiente profissional e o meio acadêmico, logo o mercado brasileiro tende a valorizar com maior intensidade a experiência profissional. O mercado executivo brasileiro começou recentemente a reconhecer o valor agregado das formações stricto senso, no entanto há alguns anos atrás estas formações sempre tiveram caráter mais acadêmico do que mercadológico. Por conta disso, historicamente, é muito comum dentro da área acadêmica no Brasil, o profissional direcionar sua carreira para a área educacional após sua formação, em razão da falta de boas oportunidades de ingresso em empresas.

O modelo de identificação de talentos deixa claro que a melhor estratégia para quem está investindo em uma formação acadêmica robusta e pretende trabalhar no ambiente executivo é concatenar a sede pelo conhecimento teórico com a experiência prática por meio de estágios ou posições efetivas, que possibilitem essa mescla e que o mantenha conectado com o mercado. No entanto, sabemos que formações como mestrado e doutorado exigem muito e requerem bastante tempo de dedicação, dificultando a busca por uma oportunidade paralela aos estudos. É justamente em casos como esse que a dinâmica do tempo excedido afeta estes profissionais: jovens optam por se especializar e dada a dificuldade de conciliação de atividades acabam ficando alguns anos afastados do mercado até a conclusão do curso, e quando vão buscar alternativas de carreira a falta de experiência prática torna-se um fator complexo de transpassar.

Uma outra situação comum em que encontramos este fator são em profissionais que realizam intercâmbio ou optam por morar fora.

 

Quando este movimento acontece ainda em início de carreira seu impacto é sempre muito positivo, contudo há muitos casos em que os profissionais só vão ter a oportunidade de morar fora depois de alguns anos de trabalho. Nestes casos, normalmente o profissional já vinha desenvolvendo sua carreira em alguma área de negócio e interrompe sua trajetória pra realizar este sonho. Se o profissional conseguir alguma atuação no exterior conectada aquilo que ele vinha construindo para sua carreira é muito provável que ele volte ainda com maior competitividade, contudo nas situações em que a pessoa se dedica mais aos estudos e acaba trabalhando em funções muito desconectadas da sua experiência e dos seus objetivos há o risco iminente de sua trajetória ser impactado por este “Tempo Excedido” dificultando a retomada da sua carreira no mercado local.

Por fim, há um outro grupo de profissionais que sentem na pele o impacto deste fenômeno do “Tempo Excedido” e que todos podem fazer parte: os profissionais em transição de carreira.

 

Quando um profissional finaliza um ciclo em uma empresa, seja por desligamento motivado ou imotivado, é comum o pensamento de querer dar uma pausa para descansar e reavaliar sua jornada, contudo também é comum que este pensamento venha acompanhado de outro que diz: “mas não posso demorar muito para encontrar outra coisa”. Este modo de pensar está arraigado na maioria dos profissionais e é fruto desta dinâmica do mercado: quanto mais eu demoro para me recolocar, mais difícil se torna minha recolocação. O tempo médio de recolocação para gerentes costuma variar entre 4 a 6 meses, enquanto o tempo médio de reposicionamento para altos executivos fica em torno de 7 a 9 meses, contudo no mercado atual muitas vezes este período pode se estender um pouco mais, principalmente diante do cenário de pandemia e crise econômica que enfrentamos.

E é neste momentos que este período de interrupção assumem um papel de “bomba-relógio”, pois conforme o tempo vai passando a angustia e a ansiedade aumentam e o profissional tende a ser visto a cada dia, cada mês e a cada ano, mais desconectado e desatualizado.

Em ultima análise, percebe-se que o mercado é mais amistoso com interrupções de até dois anos na trajetória, os profissionais que levam mais de dois anos para se reposicionar tendem a enfrentar maiores dificuldades em razão de toda esta dinâmica do Tempo Excedido que tratamos aqui.

A melhor recomendação para lidar com isso é simples e já conhecida: Mantenha-se em constante atualização e aprendizado e busque se envolver em projetos interessantes enquanto sua nova posição não chega. Fazendo isso, certamente você se encontrará mais atualizado, mais motivado e terá o que contar em suas conversas, entrevistas e oportunidades de trabalho.

Por Gabriel Toschi de Mattos

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O Replacement, nosso programa de recolocação profissional em São Paulo, é diferenciado por alcançar uma taxa superior a 75% de sucesso no reposicionamento dos nossos clientes.

A Connection nasceu em São Paulo e orgulhosamente mantém sua sede na maravilhosa Avenida Paulista, a mais paulista de todas as avenidas.

Nossa Filosofia

 

Temos como filosofia uma atuação próxima dos executivos que atendemos e  a nossa missão é impactar de forma sustentável, determinante e ágil na carreira e no sucesso dos nossos assessorados.

Nossos Sócios

 

Nossos sócios acumulam sólida experiência em movimentação de talentos, tendo já impactado a carreira e o sucesso de mais de 3.500 pessoas, bem como já assessoraram mais de 500 empresas nacionais e multinacionais de diversos segmentos com destaque para a área industrial, tecnologia, saúde e finanças.

Se estiver buscando uma empresa de recolocação profissional em São Paulo, pesquise criteriosamente. Verifique referências e converse com os consultores para confirmar a experiência deles.

Certifique-se de que eles possuem conhecimento na sua área de atuação. Pesquise na internet sobre a seriedade e metodologia da consultoria antes de tomar sua decisão.

É importante notar que algumas consultorias de recolocação atendem apenas a empresas. Elas oferecem programas de outplacement para profissionais desligados, contratados pelos Recursos Humanos. Outras consultorias incluem o atendimento “Private” às Pessoas Físicas que frequentemente procuram a Connection diretamente. Também é essencial entender o método e etapas do processo. Algumas consultorias de Outplacement e Recolocação Profissional focam em aspectos emocionais e psicológicos. Outras, como a Connection, priorizam relacionamento com o mercado.

Nossa atuação

 

Nossos projetos de recolocação profissional em São Paulo incluem algumas etapas que resumidamente consistem em identificar profundamente o seu perfil técnico e comportamental, mapear e enquadrar o mercado alvo, estabelecer uma nova estratégia de comunicação com o mercado, preparação para os processos seletivos e Geração de Conexões com o Mercado através de ferramentas inteligentes e mecânicas de prospecção com headhunters, hiring managers, líderes empresariais, decisores e com a área de recursos humanos das empresas.

Todos os projetos podem ser realizado de forma virtual ou presencial e cada projeto é construído sob medida para atender as necessidades especificas de cada profissional com durações médias de 6, 9 e 12 meses dependendo do nível e da complexidade da transição.

Mercado de trabalho em São Paulo

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que 38% da população economicamente ativa de São Paulo atua no setor de serviços. O comércio e a indústria respondem por 19% e 17%, respectivamente, seguidos pelas atividades de construção e agrícola (IBGE – 2014).

O equivalente a 54,33% da população ocupada do Estado está concentrada na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), segundo o Ministério do Trabalho. O rendimento médio dos ocupados na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) é 16,33% superior à média das outras regiões metropolitanas do país, conforme a RAIS de 2017.

O mercado de trabalho paulista caracteriza-se pela qualificação de seu contingente de mão de obra. Em São Paulo, 62% da população ocupada tem pelo menos 11 anos de estudo, em comparação com 50% na média nacional. A proporção de pessoas com 15 anos ou mais de estudo é 38,7% maior em São Paulo do que no restante do país (IBGE, 2014).

Na RMSP, a proporção de trabalhadores com pelo menos 11 anos de estudo subiu de 34,6% para 65,7% de 2001 a 2014.

Como é o mercado de trabalho em São Paulo?

São Paulo, com 11,3 milhões de habitantes, é a cidade mais populosa do Brasil e principal contribuinte para o PIB nacional, segundo dados do IBGE.

Segundo o IBGE, São Paulo lidera como a maior economia do Brasil, com mais de 10% das movimentações financeiras. O setor de serviços é o mais contribuinte, seguido pela indústria, destacando-se tecnologia e automobilismo na capital. No estado, as indústrias aeronáutica, têxtil e química também são significativas.

Quais são as dificuldades do mercado de trabalho em São Paulo?

Como falamos, São Paulo é a cidade mais populosa do país. Portanto, mesmo que também seja o centro financeiro e tenha a maior concentração de negócios, é natural que o mercado na capital paulistana seja desafiador.

Alta Concorrência

São milhões de pessoas na capital buscando seu espaço no mercado de trabalho. Oportunidades não faltam, mas elas precisam ser disputadas com muitos outros candidatos. Portanto, é preciso ir além do diploma e potencializar seu perfil com diferenciais que saltem aos olhos dos recrutadores.

Grande número de profissionais qualificados

Como mostram os dados, além da população numerosa, outro grande desafio do mercado de trabalho em São Paulo é que existem muitos profissionais qualificados. Afinal, a capital conta com ótimas instituições de Ensino Superior e a busca por capacitação profissional é cada vez mais acessível. Assim, mais uma vez, são os diferenciais que trarão destaque ao seu perfil.

Recolocação Profissional em São Paulo e a “Tríplice Paulista”

 

A Tríplice Paulista consiste em manter o endereço do novo trabalho próximo de sua residência e da escola das crianças, desta forma, a chance de conseguir mais qualidade de vida sem perder tanto tempo no congestionamento de São Paulo será muito maior.

Um dos grandes desafios do mercado de trabalho em São Paulo é a mobilidade. São Paulo é uma cidade grande que está sempre presente no ranking mundial de cidades com maior congestionamento. Por mais que estejamos em um momento de transformação na forma de se trabalhar, com muitas empresas experimentando modelos home-office e híbrido, este ainda deve ser um ponto de atenção de quem busca uma recolocação sustentável e com qualidade de vida.

Portanto, se você busca recolocação profissional em São Paulo, fique atento a este ponto e saiba que quão mais você conseguir fundamentar esta tríplice, maiores são as chances de uma melhor adaptação e integração.

7 passos para impulsionar sua recolocação profissional em São Paulo

 

1 – Diferenciação

Como falamos aqui, uma das principais dificuldades do mercado de São Paulo é o descompasso entre o alto número de profissionais qualificados e as posições em aberto. Diante desse cenário é imprescindível que você busque sua diferenciação para ser mais competitivo.

“A diferenciação passa por duas dimensões essenciais:

A primeira é que você precisa conhecer aquilo que o faz melhor – aquilo que você tem na história profissional que realmente são resultados consistentes que você tem possibilidade de oferecer ao mercado. Portanto, a diferenciação começa pelo auto-conhecimento e a capacidade que você tem de mostrar este conhecimento.

E o segundo movimento é se colocar no mercado em posições que busquem estes aspectos em que você é diferente. Não adianta se aplicar para posições em que você não tem diferencial nenhum – em um mercado com muitas pessoas isso só vai gerar frustração – a estratégia objetiva e que dá resultado pra se recolocar é conectar a zona de melhor entrega que você tem com o que a outra parte tá buscando. Se este contato tiver sincronia, a chance de sucesso é muito maior.”

2 – Mantenha seu currículo atualizado

Na hora de disputar uma vaga de emprego, um currículo diferenciado aumenta as suas chances de convencer os recrutadores de que realmente é a melhor opção de contratação. Por esse motivo, tenha bastante cuidado ao elaborar esse documento e sempre o mantenha atualizado. Um currículo competitivo deve fazer jus a sua história profissional e também estar muito concatenado com o seu mercado-alvo valorizando suas atribuições e resultados de forma a potencializar sua narrativa frente ao objetivo futuro.

Outro ponto importante é revisá-lo antes de cada candidatura, a fim de priorizar as informações mais interessantes para a vaga em questão. Outros pontos que merecem atenção são a linguagem utilizada, que deve ser objetiva e livre de erros gramaticais, e a estética e a disposição das informações valorizando o que seu perfil tem de melhor, sem excesso de formatação que atrapalhe a leitura.

 

3 – Observe as tendências do mercado de São Paulo

O mundo do trabalho se transforma constantemente, devido às inovações que acontecem nas mais variadas áreas. As exigências das empresas para a contratação de funcionários são um reflexo das necessidades de cada setor, que precisa de pessoal capacitado para a realização das suas tarefas.

Logo, uma maneira de chegar mais perto da recolocação profissional que você tanto quer é prestar atenção às tendências do mercado local. Um bom exemplo disso é a adoção de novos recursos tecnológicos, como um software que passa a ser utilizado por um determinado tipo de empresa. Se pretende trabalhar na área, o ideal é se capacitar o mais rápido possível.

 

4 – Trabalhe de forma estratégica com seu LinkedIn

O primeiro ponto de atenção, tanto para o LinkedIn quanto para o currículo é a localização geográfica. Ainda que tenhamos evoluído muito no modo de trabalho remoto, muitas empresas ainda acreditam em modelos presenciais e em sua grande maioria em modelo híbrido. Dependendo do nível do seu posicionamento, sua localização atual pode ser um ponto positivo ou pode depor contra você. Portanto, se você já tem um local na cidade ou disponibilidade de mudança imediata, utilizar esta informação em seu perfil pode ser relevante.

Também é importante acompanhar frequentemente as oportunidades lançadas na região geográfica de interesse, logo de você busca recolocação profissional em São Paulo, pode ser interessante o cadastro destes filtros nas plataformas digitais de recrutamento, para que você tenha acesso o mais rápido possível as posições que almeja.

Uma outra dica na rede LinkedIn é aproveitar para construir uma rede de contatos dentro da sua área de interesse em empresas que façam sentido para o seu perfil, desta forma, você poderá estar mais próximo do seu mercado-alvo e conseguir informações interessantes a partir dos seus contatos.

 

5 – Prepare sua narrativa de carreira para seu contatos e entrevistas

Se preparar para as conversas com o mercado e para as entrevistas é fundamental para uma recolocação de sucesso. Muitas vezes o profissional tem extrema competência, no entanto não consegue se projetar com eficiência. Saiba como contar sua trajetória, seus projetos e principalmente seus resultados, faça uma análise dos pontos que você tem a desenvolver, assim como dos seus pontos fortes, tenha claro suas metas, prepare-se para negociações salariais e tenha em mente sua proposta de valor para as oportunidades que busca. Com preparação, certamente sua narrativa ganhará mais credibilidade e você conseguirá de comunicar com mais contundência.

 

6 – Busque qualificação profissional de forma estratégica

Investir em qualificações alinhadas às vagas desejadas é essencial. Analise o mercado para identificar demandas específicas e escolha cursos práticos. Concluir a graduação é crucial para melhores oportunidades e progresso na carreira.

Após a graduação, é ideal buscar especializações e pós-graduações para se tornar um especialista na área e aumentar os salários.

 

7 – Construa e fortaleça sua rede de contatos

Ter uma rede de contatos pode ser a diferença entre conseguir ou não uma boa recolocação profissional em São Paulo. Isso porque, muitas vezes, é por meio do networking que você fica sabendo de algum processo de recrutamento ou tem a chance de receber indicações para um cargo.

Para que isso aconteça, é preciso investir em seu networking, tanto de forma virtual quanto presencial. Vá a eventos e troque impressões com outros profissionais. Lembre-se, ainda, que o principal objetivo do network deve ser gerar valor a sua rede e ser um contato útil para os seus colegas da mesma forma que espera que eles sejam para você. É essa troca que constrói uma rede sólida e capaz de fazer a diferença na sua carreira.

6 razões para contratar o programa de recolocação profissional em São Paulo da Connection

 

1 – Profissionais que contratam o Replacement, encontram um novo trabalho 3X mais rápido, o que ameniza os impactos emocionais e financeiros.

2 – Contar com nossos Sócios para realizar o Jobhunting para o seu perfil de modo exclusivo.

3 – Maior acesso às oportunidades do Mercado, Vagas da Mídia e do Mercado Escondido.

4 – Metodologia de Inteligência de Mercado própria desenvolvida e validada em grandes empresas nacionais e multinacionais.

5 – Ampliar networking de maneira estratégica,  Reposicionamento  Digital, Digital Intelligence  e Aumento de Visibilidade via Algoritmo.

6 – Consultores sêniores dedicados durante todo o processo, aliado aos recursos digitais.

Diferenciação

 

O Replacement da Connection é direcionado para a recolocação profissional em São Paulo e em nível nacional, voltada aos seguintes públicos: Especialistas, Gerentes, Diretores, C-Level, Conselheiros e Presidentes.

Ao contemplar seus colaboradores com o Replacement, nosso programa de recolocação profissional em São Paulo, sua empresa passa a realizar processos de demissão de forma responsável, contribuindo para que seus ex-colaboradores possam minimizar os impactos do desligamento, promovendo descobertas de novas possibilidades e competências, resgatando assim, sua identidade profissional e aumentando sua competitividade na busca de novas oportunidades, além de reduzir o risco de passivos trabalhistas.

Além disso, nosso programa de recolocação profissional em São Paulo conta com um Sócio responsável por cada processo, um consultor de carreira sênior e um consultor de inteligência de mercado para impulsionar o mapeamento de oportunidades e definição de empresas-alvo.

Se você ou sua empresa também desejam conhecer melhor sobre o programa de recolocação profissional em São Paulo da Connection, sugerimos que entre em conato conosco pelo telefone 11 4081-3023.:Ramal 7876 / 11 94053-2730 ou visitem nosso site www.connectionhr.com.br para obterem mais informações; inclusive sobre demais serviços, tais como: Executive Search e Headhunting, Assessment, Coaching Executivo, Treinamentos Comportamentais e demais serviços de Consultoria em Recursos Humanos.

Será um prazer conversar com você!

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Transição pode se tornar um pouco mais simples quando as competências profissionais são olhadas sob uma nova perspectiva

No livro “How Universities Die” (“Como as Universidades Morrem”, em tradução livre), o acadêmico australiano Peter Fleming lamenta a influência neoliberal presente na academia nos últimos 20 anos. Ele acredita que essa linha de pensamento está resultando no lento desaparecimento de instituições que já foram grandes no passado. Uma parte central de sua tese é que as universidades deixaram de ser locais de exploração intelectual para se transformar em criadouros para a próxima geração de trabalhadores.

A grande e velha questão é se as universidades devem apoiar pesquisas acadêmicas generalizadas ou se devem agir mais como uma preparação para carreiras específicas. Sobre isso, uma pesquisa recente da Rice University sugeriu que os estudantes ganham mais quando sua graduação está estreitamente vinculada a seus empregos.

“A ligação entre a faculdade e a ocupação foram positivamente relacionadas aos salários”, escreveram os pesquisadores. “Em particular, esse vínculo foi capaz de aumentar o valor recebido por trabalhadores que atuavam especificamente com o que estudaram, quando comparado aos demais”

HABILIDADES TRANSFERÍVEIS

O outro lado do argumento é fornecido por um relatório da London School of Economics, que destaca a importância das competências transferíveis. Os autores sugerem que, em um mundo em que os empregos mudam tão rapidamente, esse tipo de habilidade é cada vez mais importante. O problema é que nem as universidades conseguem ensiná-la, nem os empregadores estão dispostos a investir nisso – apesar de admitirem sua importância.

“A maioria das habilidades que os empregadores descobrem que faltam entre os funcionários são as transferíveis: só as lacunas envolvendo a capacidade analítica contribuem para 40% de todas as vagas com escassez de talentos, assim como conhecimentos envolvendo tecnologia e TI, que são responsáveis por um terço do mesmo problema”, escreveram os pesquisadores. “Em relação às competências pessoais, tanto em 2015 como em 2017, a habilidade mais escassa no mercado de trabalho foi a capacidade de gerir o próprio tempo e a priorização de tarefas.”

Como estamos em meio à chamada “Grande Renúncia”, onde muitos profissionais estão pensando em mudar para novos empregos ou novas carreiras, ter um bom domínio das competências que possuímos e que podem possibilitar tais transições é fundamental. No livro “Next Move, Best Move” (“Próximo Passo, Melhor Movimento”, em tradução livre), a especialista em desenvolvimento de carreira Kimberly Cummings descreve como você pode conduzir uma “auditoria de habilidades” adquiridas em cada função desempenhada ao longo da sua vida. Kimberly defende que você deve separar as competências a partir do que você quer ou não continuar usando no futuro.

DESCOBRINDO SUAS HABILIDADES

A autora ensina um modelo que você pode usar para colocar em prática essa auditoria de habilidades, embora, é claro, você também possa usar apenas um caderno e uma caneta. O importante é que você seja capaz de realizar uma avaliação precisa das habilidades que você já adquiriu e também das que você deseja desenvolver na sua futura carreira. Kimberly recomenda as seguintes perguntas:

  1. Quais são as principais habilidades que você adquiriu ao longo de sua carreira?
  2. Quais habilidades você considera seus pontos fortes?
  3. Que habilidades o ajudaram a obter os melhores resultados?
  4. Que habilidades se vê ensinando aos outros?
  5. No seu futuro profissional, quais habilidades você prefere não usar?
  6. E quais habilidades você deseja usar em sua próxima função?

“Depois de responder a essas perguntas, você deve ter uma lista clara das habilidades transferíveis que você gostaria de continuar a usar em sua carreira”, escreve a especialista.

DEMANDA DE HABILIDADES

Não apenas as habilidades sociais estão entre as mais transferíveis, mas também entre as mais solicitadas. Uma análise realizada há alguns anos pela plataforma de aprendizado Udemy descreveu as competências mais valiosas no mercado de trabalho atualmente. Elas incluem:

  • Conflito de gestão;
  • Gerenciamento de tempo;
  • Gerenciamento de estresse;
  • Habilidades de comunicação;
  • Atendimento ao cliente;
  • Inteligência emocional;
  • Narrativa;
  • Mudar a gestão.

Compreender não apenas as habilidades transferíveis que você possui, mas também as que são consideradas valiosas em uma grande variedade de profissões, provavelmente será importante em um futuro do trabalho onde teremos várias carreiras diferentes. Ser capaz de ligar os pontos entre eles e entender o que pode ser aplicado de maneira nova é uma habilidade que por si só será cada vez mais importante.

Matéria publicada pela Forbes, leia o original aqui.

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Considerar a imprevisibilidade do mercado é uma ciência de incertezas. Mesmo assim, é possível se preparar para o susto.

 

A gestão de risco é uma pauta recorrente entre a liderança corporativa. Etimologicamente, a palavra se origina do latim – riscare – e significa “o ato de ousar”. Na prática, isso quer dizer que a mitigação de problemas e imprevistos está intrinsecamente ligada à capacidade dos líderes de inovar na tomada de decisões.

Do ponto de vista operacional, esse tipo de gerenciamento faz parte da governança da empresa, uma vez que os riscos precisam ser identificados, medidos, tratados e monitorados pelos diretores. “Costuma-se entender o risco como a possibilidade de algo não dar certo, ou ser imprevisível, mas seu conceito no mundo corporativo envolve a quantificação e a qualificação da incerteza. Dado que o risco é inerente a qualquer atividade empresarial, cabe às empresas gerenciarem as suas tomadas de decisão, de forma a reduzir a volatilidade dos seus resultados e aumentar a previsibilidade dos cenários possíveis”, explica Marcos Sardas, conselheiro de empresas e sócio diretor da Exxe Consultoria Empresarial.

E se não há como fugir da imprevisibilidade causada por fatores externos, o que os gestores devem buscar é a redução de danos frente a esse tipo de situação. Para Andreia Loures-Vale, consultora de carreira e autora do livro “Domador de Rinocerontes”, o processo de gerenciamento de risco envolve, ainda, a capacidade de evitar esses problemas, bem como a de assumi-los .“Infelizmente ou felizmente, a maioria dos líderes se viu forçada a dar mais atenção à gestão de riscos diante da pandemia da Covid-19, seja na manutenção de seus negócios e times, nas movimentações necessárias para sobreviver frente às mudanças ou, no pior dos cenários, para simplesmente encerrar suas atividades. E apesar de estarmos em um mundo onde o caos é a regra, o líder do futuro precisa desenvolver sua capacidade de ler e interpretar uma certa ‘ordem’ nisso”, descreve.

Em um primeiro momento, segundo os consultores, os gestores podem e devem se apegar às principais áreas do negócio para planejar sua conduta frente aos imprevistos. Entre elas estão o setor de operações – cujos riscos incluem perda de faturamento, fuga de talentos, danos à imagem e ações trabalhistas -, o setor financeiro – que envolve casos de fraudes, investimentos mal feitos, comprometimento do caixa e práticas comerciais inadequadas – , e o setor estratégico, que engloba falhas no modelo de negócio e baixa competitividade da marca. Este último tipo, de acordo com Sardas, corresponde a, aproximadamente, 60% das principais perdas de valor de mercado das empresas globais.

Vale lembrar, ainda, que a maior parte dos riscos é passível de algum grau – mesmo que mínimo – de previsibilidade. Assim, saber interpretar e identificar os sinais de alerta com antecedência pode não só preservar o negócio do impacto como conferir vantagem frente aos concorrentes.

A pedido da Forbes, os especialistas identificaram os principais riscos corporativos que as empresas enfrentam e o que os líderes podem fazer para vencê-los. Veja, a seguir, quais são eles:

1 – Perda de funcionários

Dados do Gallup, especialista em pesquisa de opinião, mostram que 70% do engajamento de uma equipe são atribuídos à qualidade do líder. Em outra pesquisa, desta vez da “Harvard Business Review”, 65% dos funcionários disseram que aceitariam um corte no salário se o seu superior fosse substituído por alguém melhor. Para os especialistas, esta é justamente a principal causa da perda de talentos em uma companhia. “Hoje temos a necessidade de uma liderança sofisticada, mais humana com seus liderados e com si mesma”, explica Andreia. No contexto do pós-pandemia, eles reforçam que chefes que não colocaram o bem-estar e a saúde mental dos colaboradores como prioridade, tendem a sair perdendo. Entre as ações que podem ser colocadas em prática para reverter essa situação está a adoção do home office ou do regime híbrido de trabalho, maior flexibilidade de horário e tomada de decisões conjuntas com a equipe. “Buscar uma nova estrutura organizacional e dar incentivos para a experimentação – inovação e crescimento – também são tônicas para a sobrevivência dos times e a atração de novos talentos”, completa a autora.

2 – Risco cibernético

Com a transformação digital, os ataques cibernéticos aumentaram de frequência e de importância nas empresas. Nos últimos meses foram notificados casos na JBS, Facebook, Sony, Netshoes e até mesmo no STF (Supremo Tribunal Federal), entre um número imenso de vítimas corporativas. Uma das maneiras de lidar com a questão é investindo no departamento de TI, assim como na contratação de consultorias especializadas em segurança digital – e essa deve ser uma decisão alinhada com a liderança, de forma que toda a corporação entenda o tamanho do problema e se sinta encorajada a contribuir para minimizar os riscos. No entanto, uma vez que a invasão ou ataque já tenha acontecido, cabe aos líderes gerenciar a questão. “Têm sido muito frequentes ataques de hackers que comprometem o funcionamento das empresas, paralisando-as, exigindo resgates milionários e roubando informações sigilosas. Isso transfere a responsabilidade para a alta direção e para o conselho de administração”, afirma Sardas.

3 – Prejuízo à reputação e imagem

Escândalos de reputação e imagem são outro ponto que merecem a atenção dos líderes. A vigilância das redes sociais e a cultura do “cancelamento” trouxeram uma relevância ainda maior para o posicionamento das empresas frente a assuntos de cunho moral, social e discriminatório. Além disso, casos de implicação legal, como esquemas de corrupção, também podem criar percalços duradouros na trajetória da marca. Ainda nesse cenário, Andreia Loures-Vale cita as políticas ambientais, que hoje em dia já são critério de escolha entre os consumidores. Apesar da melhor medida contra esse tipo de risco ser a prevenção, uma vez que o problema já tenha acontecido a melhor saída é estabelecer um diálogo com os clientes. “A recuperação passa a depender de esforços significativos para a reconstrução da confiança”, resume Sardas.

4 – Alterações legais e tributárias

Frequentemente as empresas são surpreendidas pelas autoridades governamentais com mudanças envolvendo impostos, padrões regulatórios, investimentos, aportes de capital, tributação e direitos trabalhistas. “Tais alterações influenciam os resultados e, muitas vezes, comprometem o caixa e a estabilidade financeira”, aponta o conselheiro. Uma maneira de não ser pego de surpresa por essas alterações, segundo os especialistas, é ficar atento às discussões do Congresso. Dessa forma, o líder poderá se planejar a médio ou longo prazo para absorver as mudanças. Eles lembram, ainda, que nem todas as reformas são negativas, e que algumas chegam até mesmo a favorecer o desenvolvimento do negócio.

5 – Fraudes contábeis e de balanços

Faturamentos e reembolsos irregulares, lançamentos de pagamentos fictícios, alterações, desvios, roubos nos estoques, omissões ou falsificações de operações são alguns dos exemplos de fraudes contábeis que podem gerar graves consequências para uma empresa. Para além da questão moral, os líderes devem ficar cientes sobre as informações financeiras que são divulgadas para o público e quais métodos estão sendo utilizados pela equipe para o estabelecimento desses números. Maquiar ou alterar dados pode, quando descoberto, criar um cenário de quebra de credibilidade semelhante ao risco de imagem e competência. A diferença aqui, alertam os consultores, é que a falta de confiança não atinge somente os clientes, mas todos os membros da equipe.

6 – Problemas de caixa

Quando o assunto é orçamento, vale o ditado: “Nas empresas o caixa é soberano”. Para Andréia e Sardas, as causas do problema são variadas e incluem despesas elevadas com a administração, diminuição repentina das vendas, processos pouco eficientes, resultados negativos recorrentes, políticas salariais sem planejamento, giro de estoque lento e investimentos mal dimensionados. Nessas situações, cabe aos líderes e gestores o planejamento de medidas que aliviem parte do problema, incluindo cortes de gastos. Por outro lado, a melhor maneira de prevenir o risco é calcular em detalhes os gastos do negócio. “Mesmo empresas que possuem uma situação econômica estável, devem ter o caixa como balizador de suas ações”, finaliza o executivo da Exxe Consultoria Empresarial.

Por Maria Laura Saraiva

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Por Dorie Clark

Se você está pensando em abandonar seu emprego, você não está sozinho. Pesquisas mostram que em qualquer lugar cerca de um quarto para mais da metade dos funcionários estão planejando procurar um novo emprego pós-pandemia. Parte disso é um turnover normal — profissionais simplesmente procurando novos desafios de carreira — por causa da relutância dos funcionários em deixar uma posição “segura” durante a incerteza do ano passado. Mas outros estão procurando por razões diferentes, como preocupações sobre as políticas pós-pandemia de sua empresa, ou mudanças na dinâmica do local de trabalho ao longo do último ano de trabalho remoto (e a transição de volta para arranjos presenciais ou híbridos).

Se você não tem certeza de que deixar sua empresa é o movimento certo, ou se você ficar desde que algumas de suas preocupações possam ser abordadas, vale a pena falar com seu gerente antes de dar seu aviso de saída.

O retorno ao escritório pós-pandemia é um período em que as normas estão em fluxo e rotinas estão sendo restabelecidas. Juntamente com a consciência afiada das empresas de que muitos funcionários estão de olho em outras oportunidades, se você tem uma forte reputação dentro de sua organização, isso pode lhe dar uma alavancagem única na negociação para os arranjos que funcionam melhor para você. Aqui estão quatro coisas para discutir com seu gerente antes de decidir sair.

A logística do trabalho

 

No ano passado, os trabalhadores mergulharam de cabeça no trabalho remoto, e em sua maioria gostaram. Um estudo revelou que um impressionante 87% dos profissionais que trabalharam remotamente durante a pandemia gostaria de continuar a prática pelo menos um dia por semana — e se suas empresas não os deixarem, 42% estão dispostos a deixar seus empregos. Muitos funcionários também podem estar relutantes em retornar aos horários intensivos de viagens que às vezes eram necessários pré-pandemia (um colega que eu conheço apressou seu plano de renunciar quando sua empresa de consultoria anunciou sua intenção, após um ano de trabalho remoto, para enviar seus funcionários de volta “na estrada” 3-5 dias por semana).

Mas mesmo que sua empresa tenha anunciado uma nova política “universal” que rege como e onde os funcionários são obrigados a trabalhar, não necessariamente a aceite como definitiva. Se você está planejando sair de outra forma, vale a pena perguntar se exceções podem ser feitas. A resposta pode ser não, mas especialmente se você estiver em uma posição crítica (um vendedor que traz receita substancial), em um campo com escassez (como um analista de dados), ou tiver acumulado substancial capital político dentro de sua empresa, eles podem muito bem decidir que vale a pena acomodar suas preferências.

Seus projetos e desenvolvimento de habilidades

 

Muitos profissionais começam a procurar novas oportunidades porque sentem que seu trabalho se tornou rotina, ou que eles estagnaram. (Isto pode ser particularmente aguda pós-pandemia, uma vez que durante um ano nós não conseguimos novas experiências e mal saímos de nossas casas.) Excelentes gerentes examinam o horizonte para novas oportunidades de desenvolvimento para seus funcionários e pensam proativamente sobre como ajudá-los a desenvolver novas habilidades. Mas mesmo os melhores gestores passaram, em muitos casos, o ano passado focado em como manter a cabeça acima da água durante circunstâncias estreitadas: Sua capacidade de ser “cognitivamente magnânimo” e foco em suas necessidades provavelmente foi diminuída. É por isso que é importante, antes de se curvar, falar pelo que você quer. É certamente mais fácil para os líderes que se ajustam ao cenário pós-pandemia mantê-lo no mesmo trabalho, fazendo o mesmo; eles podem não estar ansiosos por quaisquer mudanças. Mas as probabilidades são, eles estão ainda menos ansiosos para você deixar a empresa inteiramente, por isso, se você solicitar (por exemplo) que a empresa financie sua participação em um determinado programa de desenvolvimento executivo, ou permita que você presida uma iniciativa investigando uma nova oportunidade de negócio, eles podem muito bem ser passíveis.

Os colegas com quem trabalha

 

Uma das razões mais típicas que os funcionários deixam seus empregos — pandemia ou não — é a insatisfação com as relações interpessoais no trabalho. Se houver um membro da equipe (ou chefe) que está fazendo sua vida miserável, um ano de contato limitado através de telas de vídeo pode ter se sentido como uma bênção. Com o retorno do trabalho presencial e uma maior probabilidade de conflito, pode parecer um momento auspicioso para sair. Mas antes de tomar a decisão unilateral de sair, vale a pena perguntar se você pode ser reatribuído a um novo projeto ou equipe (talvez você possa até sugerir um, se você vir uma necessidade ou uma oportunidade emergindo). De acordo com o jornalista Pedra Brad, a Amazon adotou a política de permitir que os funcionários, mesmo os recém-contratados, mudem de emprego dentro da empresa a qualquer momento, “para que eles possam sempre escapar de um gerente ruim”. Outras empresas podem começar a sentir pressão competitiva para adotar políticas semelhantes.

O dinheiro

 

Dinheiro não é uma panaceia. Se você está enfrentando um ponto de dor específico que está fazendo você querer deixar seu emprego – como trabalhando com um colega abusivo — você tem que abordar isso diretamente. Afinal, um aumento salarial não importa muito se você é miserável todos os dias. (E estudos mostram que muitos profissionais estariam dispostos a sacrificar sua renda por maior flexibilidade em outras áreas, como o trabalho remoto.)

Mas, às vezes, o dinheiro é o problema. Se você sentir que está sendo mal pago, ou você ganhou novas habilidades ou experiências que o tornam especialmente comercializável, ou se há um objetivo de vida particular (como ganhar o suficiente para comprar uma casa), um aumento pode evitar a necessidade de deixar seu emprego. Como é sempre o caso, é importante, organizando um argumento fundamentado sobre o valor que você adiciona à empresa e por que um aumento salarial é merecido.

Geralmente, é aconselhável evitar ultimatos, que podem se assemelhar há uma manipulação. Mas se você realmente está planejando sair de outra forma, é útil ser transparente com seu empregador. “Eu adoraria ficar com a empresa”, você poderia dizer, “mas eu decidi que é o momento certo para comprar uma casa, e para que os números funcionem, eu sei que preciso ganhar um X adicional por ano. Eu não sei se isso é possível aqui, mas eu pelo menos queria fazer check-in porque eu realmente espero que possamos fazer isso acontecer.”

Às vezes, mudar de emprego é claramente a decisão certa. Mas se você geralmente está feliz, exceto por um problema específico, vale a pena entrar em contato com seu gerente antes de tomar medidas para sair. Estamos no meio de um realinhamento pós-pandemia, e os empregadores – com fome de reter talentos – são muito mais propensos do que o habitual a fazer exceções e fazer parceria com você para pensar criativamente sobre opções. Ao levantar essas questões estrategicamente, você está dando a si mesmo a melhor chance possível de fazer seu trabalho atual funcionar para você, sem o estresse e o incômodo de ter que sair se você realmente não quiser.

Matéria publicada pela Harvard Business Review, leia o original aqui.

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A sensação de falta de confiança pode estar associada a uma atitude defensiva dos subordinados que resistem a se envolver no processo de liderança

“Meu chefe não parece estar preparado para tomar algumas decisões. Tenho dificuldades em confiar nele. Como melhorar a nossa relação?”

Por Elza Veloso

Atualmente, consideramos a liderança um processo que depende do líder, dos seguidores e do contexto.

Embora nem sempre um chefe seja reconhecido como um bom líder, o fato de uma pessoa ocupar um cargo de chefia confere a ela o poder legítimo, reconhecido pela estrutura organizacional e pelas regras de subordinação de uma empresa.

Mesmo sabendo que a liderança depende de consentimento dos liderados, o poder do cargo faz com que o ocupante de uma posição tenha autoridade para determinar a maneira como a equipe será conduzida.

Nessa situação é importante que os subordinados reconheçam que, o que pode parecer despreparo do chefe para tomar decisões, muitas vezes pode ser reflexo do estilo que essa pessoa usa para decidir em determinadas situações.

Na visão atual, entendemos também que o líder pode variar seu estilo, dependendo da situação e do momento da equipe, o que pode confundir os subordinados quanto à sua competência.

Refletir sobre o processo de liderança é algo que pode ajudar liderados a entenderem que a observação quanto às reações e atitudes de um líder pode levar a interpretações equivocadas, principalmente porque os líderes costumam ter prioridades que nem sempre são tão claras para seus liderados.

Quando a pessoa assume um cargo de gestão, ela precisa assumir uma posição de atuação política que, muitas vezes, levam a decisões mais importantes no longo prazo e que não são tão visíveis no dia a dia da equipe.

Diante dessa complexidade que envolve a relação entre o chefe e sua equipe, a sensação de falta de confiança pode estar associada a uma atitude defensiva dos subordinados que, ao não se identificarem com o chefe, resistem a se envolver e a contribuir com o êxito do processo de liderança.

Para facilitar essa relação, algumas possibilidades de mudança de comportamento podem ser de grande valia:

Diminua os julgamentos negativos: quando a pessoa recebe um cargo de liderança, passa a ser observada e, consequentemente, julgada por seus subordinados.

Muitas vezes, os julgamentos negativos impedem a criação de laços e levam a um ciclo vicioso em que a confiança diminui, faz com que a produtividade não seja satisfatória e isso leva a uma diminuição ainda maior da confiança.

Então, a redução dos julgamentos negativos quanto ao seu chefe e a consequente concentração nos resultados do trabalho é algo que pode ajudar a melhorar a relação.

Busque aproximação: a resistência à aceitação da pessoa como líder e a falta de confiança podem gerar um afastamento difícil de ser contornado.

E ninguém ganha com isso… Chefes, subordinados e outros envolvidos com a equipe podem ser prejudicados por essa falta de harmonia interna.

Então, para melhorar essa situação, o subordinado pode tentar se aproximar do líder de forma mais aberta, investindo na construção de um relacionamento genuíno.

Tenha empatia: quando o líder tem características pessoais diferentes das dos seus subordinados, por conta do seu comportamento, pode gerar uma situação em que que ambas as partes tenham dificuldade de ser empáticas uma com a outra, ou seja, perde-se a capacidade de entender o que a outra pessoa está sentindo.

Esse fato pode fazer com que a intolerância a decisões do chefe que não sejam tão acertadas aumente demais, levando à incapacidade de reconhecer os acertos de outras decisões.

Seja confiável: mesmo quando não sentimos confiança em nosso chefe, é muito importante desenvolvermos a capacidade de mostrar que ele pode confiar em nosso trabalho e no relacionamento amigável que somos capazes de proporcionar.

Isso pode ativar o efeito recíproco da confiança e gerar um ambiente de trabalho mutuamente gratificante.

Procure contribuir com as decisões: Os problemas de relacionamento podem levar um subordinado a se afastar de suas possibilidades de contribuir para que as decisões do chefe sejam mais assertivas.

Então, ao invés de esperar que o chefe decida sozinho, é você quem pode colaborar com opiniões e até mesmo com informações que sejam contributivas e que melhorem o processo decisório da equipe como um todo.

A liderança é um exercício de autoconhecimento e, mesmo na posição de subordinado, é importante identificar a importância do seu papel profissional, reconhecendo em si mesmo o papel que pode exercer no processo de liderança.

A dificuldade de relacionamento, especialmente com os chefes, pode ser prejudicial para a carreira de qualquer pessoa.

Também é preciso lembrar que o subordinado de hoje pode ser o chefe de amanhã. O próximo a ocupar uma posição maior na hierarquia da empresa pode ser você! Então, aproveite as oportunidades que tiver para aprender com os erros e acertos do seu chefe e torne-se um profissional melhor.

Matéria publicada na revista Infomoney, leia na íntegra aqui.

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Aumento da concorrência no mercado de trabalho exige um profissional cada vez mais capacitado. Veja algumas dicas antes de começar o seu

 

Por Redação Exame Invest

 

 

Os estudos são fundamentais para a carreira de qualquer profissional. Mas, com o aumento da concorrência e a busca das empresas por pessoas mais capacitadas, ter apenas o ensino superior completo pode não ser o suficiente para alcançar o sucesso. Por isso, é importante pensar em uma especialização para se manter atualizado. Para isso, a EXAME preparou 5 dicas para te ajudar a escolher um MBA.

O MBA (Master in Business Administration) ou Mestrado em Administração e Negócios, em português, é uma boa opção para quem quer dar um salto na carreira, melhorando seu grau acadêmico e obtendo mais conhecimento. Ele consiste em uma especialização (lato sensu) com foco em disciplinas como finanças, recursos humanos, marketing, estratégia, liderança, entre outros.

Está interessado(a) em se matricular em um MBA? Veja, abaixo, cinco dicas para escolher a melhor opção para você.

1. Objetivos na carreira

“Onde você se imagina em 10 anos?” Esta é uma pergunta comum em entrevistas de emprego e que é importante considerar antes de escolher uma pós-graduação. O aluno precisa pensar bem na escolha do curso e se ele precisa ser lato ou stricto sensu.

Cursos stricto sensu são mais longos e, por isso, são mais aprofundados no tema escolhido. Mestrado e doutorado, por exemplo, fazem parte desse tipo de curso. São mais voltados para o lado acadêmico, com foco em especializar os profissionais no campo da pesquisa científica.

Do outro lado (lato sensu), estão: MBA e a pós-graduação (especialização) – cursos mais curtos e voltados para o mercado.

2. Como escolher o MBA

A escolha do curso em si é essencial. Há muitos cursos parecidos, até na mesma instituição que você pretende fazer a pós-graduação. Por isso, é preciso ficar atento aos detalhes para não se arrepender depois.
Uma dica valiosa é marcar um horário para falar com o coordenador do curso ou dar uma olhada com atenção na grade e no propósito do curso, como para quem ele é destinado, entre outros fatores.

3. Conhecer os caminhos do curso escolhido

Entender o que você terá de fazer para chegar ao final do curso sem dores de cabeça é importante. Por isso, é preciso analisar bem a grade curricular e o horário do curso escolhido ao encontrar algum do seu interesse.
Dedique seu tempo e atenção para analisar todos os aspectos e detalhes, como grade curricular, professores, coordenador e o histórico da universidade. Pergunte se algum amigo ou conhecido conhece a universidade ou o curso em questão.

4. Modelo de ensino (EAD ou presencial)

É importante que o aluno saiba qual o tempo que tem disponível diariamente para realizar um MBA. Isso porque ele terá de reservar parte do seu dia para se dedicar aos estudos e às aulas. Por isso, é necessário fazer a escolha certa quanto a modalidade de ensino conciliável à sua rotina.

Se você é muito atarefado, por exemplo, o EAD, modalidade de ensino a distância, pode ser a melhor alternativa.

5. Futuro do mercado

Atualmente, muitas profissões ligadas à sustentabilidademercado financeiro e Data Science estão ganhando mais espaço. Consequentemente, demandam profissionais capacitados. Por isso, pode ser legal dar uma olhada neste mercado, já que pode representar uma oportunidade futura, mas sempre pensando no que vai te deixar realizado no futuro.

É importante destacar também que, assim como qualquer estudo, o MBA será melhor aproveitado conforme o grau de dedicação do aluno. Cursando um MBA, o aluno terá, além de uma possível progressão mais acelerada na carreira profissional, uma maior gama de contatos na área de atuação – o que pode vir a ser uma oportunidade – e o aprimoramento de habilidades de gestão.

EXAME oferece opções de MBA

A EXAME Academy passou a oferecer, neste ano, em parceria com a Trevisan Escola de Negócios, MBAs das mais variadas áreas de atuação. O aluno que opta por cursar um MBA da EXAME Academy, junto a Trevisan, conta com uma plataforma digital de desenvolvimento de habilidades munidas de inteligência artificial e machine learning. Além disso, os professores são os mais qualificados do mercado, contando com bastante experiência e vivência, na prática, em suas áreas de ensino.

A EXAME oferecerá lives exclusivas para tirar dúvidas sobre o assunto nos dias 06, 13, 19 e 26 de julho. Os bate-papos sobre o futuro do mercado e a importância do aprendizado contínuo e desenvolvimento de carreira acontecerão ao vivo.

 

Em 29/06/2021, revista Exame Invest. Ver original »

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Pesquisadores franceses mapearam os comportamentos dos líderes que levam até a descoberta do propósito profissional. Saiba quais são

 

Por Sandrine Fremeaux

 

Com a pandemia de covid-19 e a situação econômica cada vez mais frágil e precária que vivemos, será que ainda é relevante abordar a questão do “sentido” do nosso trabalho? Com a crise sanitária, muitas pessoas chegaram a reavaliar suas vidas e prioridades, e isso inclui a forma de enxergar o trabalho. Mais do que nunca, as pessoas desejam mais conexão e propósito. Qual papel os líderes podem ter para encontrar mais sentido no trabalho para eles mesmos e suas equipes?

Essa é a pergunta que tentamos responder junto com o Benjamin Pavageau no nosso estudo recente, onde analisamos como os líderes podem encontrar mais sentido no seu próprio trabalho e para os seus funcionários.

Entrevistamos 42 líderes para descobrir até que ponto eles exercem sua liderança e quais elementos de gestão podem contribuir para esse objetivo. Isso inclui elementos relacionados ao indivíduo (como postura moral, oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento, autonomia e reconhecimento), relacionamentos com colegas e utilidade social.

Nosso estudo mostrou que a melhor maneira para os líderes de participar de um ambiente de trabalho com propósito é refletindo sobre cada um desses elementos:

  1. A exemplaridade moral: significa que os líderes adotam comportamentos de acordo com seus valores e convidam seus colaboradores a fazer o mesmo, gerando uma busca coletiva pela excelência moral.
  2. A autoconsciência: implica que os líderes procurem uma coerência entre o que eles são, o que eles fazem e como eles são vistos.
  3. Apoio pessoal e profissional: reflete uma atenção especial ao trabalho de cada funcionário.
  4. Contribuir para o espírito comunitário e empenho no trabalho compartilhado: mostra o engajamento dos líderes numa dinâmica coletiva.
  5. Atitude positiva em relação aos indivíduos e situações: é manifestada por sinais de confiança nos outros e na existência de soluções.

 

Experiências humanizadas

A liderança é uma das atividades mais significativas e uma experiência profundamente humana. Os líderes precisam olhar com calma o processo dessa construção do sentido no trabalho e as razões pelas quais eles encontram sentido no próprio trabalho. A análise introspectiva que os convidamos a fazer, portanto, foca não apenas no que faz sentido para eles, mas também por que e como eles dão esse sentido. Essa avaliação pode ser esclarecedora para muitos líderes.

Primeiro, eles podem descobrir que o sentido não tem a ver com boas práticas nem com o fato de dar. O sentido é recebido mais do que dado ou declarado. Mais do que uma escolha afirmada ou uma simples declaração, o sentido brota da experiência da pessoa. A partir disso, os líderes podem deduzir que, para encontrar sentido em suas atividades, os colaboradores precisam de tempo. Numa época marcada por um ritmo de trabalho acelerado e uma economia de produção sem limites, eles precisam redescobrir a “arte de trabalhar”. Para isso, os líderes devem possibilitar momentos de reflexão e suspensão do frenesi das atividades para os trabalhadores terem tempo de questionar, transformar e renovar o sentido do seu trabalho.

Em segundo lugar, os líderes podem perceber que, ao dar sentido à própria atividade, eles serão mais capazes de inspirar os outros a adotar uma abordagem semelhante. Prestando atenção em como os outros membros da organização experimentam uma conexão autêntica entre seu trabalho e um propósito de vida mais amplo, os líderes podem ser mais capazes de dar sentido à própria atividade. Eles podem então descobrir que a dinâmica do sentido é baseada na relação: o sentido surge da atenção para os outros.

Será que o trabalho remoto generalizado pela crise de saúde pode facilitar a suspensão do frenesi do local de trabalho e criar uma nova dinâmica relacional do sentido no trabalho? A resposta não é necessariamente positiva. Muitos de nós não aproveitaram a ruptura que esta nova forma de trabalhar trouxe. Ao contrário, para alguns, esta nova forma de trabalhar nos obrigou a focar na realização de tarefas quantitativas, técnicas e visíveis, sem ter a possibilidade de compartilhar nossas dificuldades com os colegas. Essas novas questões só podem ser superadas quando os líderes as reconhecem e implementam ambientes de trabalho que deem espaço para o surgimento de sentido.

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por Cheryl Strauss Einhorn

 

Você pode imaginar a vida sem o seu smartphone?

Nós dependemos deles para tudo, desde direções até nos dizer a temperatura exterior até rastrear nossos passos diários e freqüência cardíaca. Nossa cultura “Ei, Siri” nos condicionou a equacionar velocidade com eficiência e eficácia — e está mudando a forma como processamos as informações. Nossos cérebros se tornaram condicionados para responder com prazer aos bings, pings, e dings nossos telefones e computadores fornecem.

Enquanto Siri e Alexa e Google são ótimos quando estamos buscando comida italiana e queremos ajuda para encontrar um restaurante, eles não são ótimos, nem mesmo desejáveis, quando se trata de tomada de decisões complexas. Na verdade, eles ajudam a habilitar uma série de ideias contraproducentes e comportamentos reativos que realmente prejudicam sua capacidade de tomar decisões informadas.

Por exemplo, digamos que você queira comprar um carro. Talvez você esteja pesando um Prius contra um Crosstrek. A Siri e o Google podem fornecer todos os tipos de informações, como eficiência de combustível ou a taxa de juros atual do seu empréstimo. Mas um motor de busca não saberá por que você está comprando o carro, como você pretende usá-lo, ou que impacto a compra terá sobre o seu orçamento. Em última análise, sua decisão precisa vir de uma compreensão clara de suas necessidades, valores e objetivos — informações que estão fora do alcance de seus algoritmos.

 

11 Mitos sobre a Tomada de Decisão

 

Estive estudando a tomada de decisões há mais de 20 anos e identifiquei uma série de mitos profundamente arraigados e contraproducentes que prejudicam nossa capacidade de tomar decisões. Os mais comuns desses mitos incluem:

1. Eu gosto de ser eficiente.

Muitos de nós pensam que a eficiência significa entrar e tomar uma decisão. Mas, para sermos verdadeiramente eficazes, precisamos de ser claros sobre o que estamos a resolver. Correndo pode levá-lo a tomar uma decisão com base nos fatores errados, o que, em última análise, levará ao arrependimento. Por exemplo, entrar em uma concessionária de carros e comprar o primeiro carro que você vê pode se sentir eficiente, mas pode significar que você acaba com o carro do qual o vendedor quer se livrar, não o carro que melhor se adapta às suas necessidades e orçamento.

2. Estou muito ocupado; não tenho tempo para dar a esta decisão.

Atirar uma decisão é uma decisão em si mesma. No entanto, intencionalmente abrandar para ficar claro sobre o que você está resolvendo para acelerará sua eficácia. Você economizará tempo depois gastando tempo de qualidade agora para evitar ter que revisitar a decisão. Por exemplo, tomar um pouco de tempo para pesquisar preços antes de visitar uma concessionária de carros irá ajudá-lo melhor negociar o preço do veículo.

3. Eu só preciso resolver este problema neste momento.

Este é o exemplo clássico de “perder a floresta pelas árvores”. Nossos problemas estão em um contexto. Um foco estreito pode resolver o problema errado, ou apenas parcialmente resolver o problema. Se o seu carro quebra inesperadamente e você se apressar para comprar um novo, você está considerando suas necessidades além do presente?

4. Esta é a minha decisão; não preciso envolver os outros.

Nossas decisões importantes fazer envolver outras partes interessadas. Evitar essa imagem maior de quem mais é afetado por uma decisão pode, na melhor das hipóteses, resolver apenas parcialmente o problema e pode exacerbá-lo. Por exemplo, se seu cônjuge ou filho não puder dirigir com câmbio automático, você realmente quer comprar um carro de transmissão manual que ninguém mais na família pode sair da garagem em uma emergência?

5. Eu sei que estou certo; Eu só quero dados ou uma opinião para confirmar meu próprio pensamento.

Conhecido como “viés de confirmação”, esta falha de tomada de decisão tem sido por trás de falhas notórios, da Baía dos Porcos até a implosão do mercado de empréstimos de subprime, até a explosão da NASA Challenger, até a catástrofe ambiental do Deepwater Horizon. Em cada caso, os dados desconfirmados estavam disponíveis e deveriam ter levantado preocupações, mas groupthink definido, e ninguém queria levantar a bandeira vermelha. Para entender melhor e definir as limitações do que você acha que sabe, procure exemplos contrários e avalie explicações rivais. Essas técnicas podem impedir a “cegueira do quadro” para impedir que você veja o que você quer ver em vez do que pode estar presente. Por exemplo, talvez você tenha resolvido o Crosstrek em sua busca de carro, mas você decide olhar ao redor de qualquer maneira. Poderia sua preferência pelo Crosstrek influenciar como você avalia os outros carros? Você poderia estar olhando para confirmar sua inclinação em vez de comprar o melhor carro para suas necessidades? Para erguer espaço cognitivo aberto, primeiro considere suas necessidades e, em seguida, procure carros que se encaixam nesses parâmetros.

6. Eu confio no meu instinto.

É ótimo confiar em seus instintos ao escolher um cereal de café da manhã. Mas para decisões maiores e altas apostas, quando confiamos em nosso intestino, estamos confiando em viés e memória defeituosa. Decisões importantes se beneficiam de curiosos espaços cognitivos abertos para permitir novas informações e insights. Você pode ter colocado sua mente no Suburu Outback porque você tem boas lembranças de sua família ter um anos atrás, mas alguns motoristas acham o assento do motorista desconfortável. Ignorar o test-drive pode resultar em um carro que não funciona para suas longas viagens.

7. A tomada de decisão é linear.

Na verdade, uma boa tomada de decisão é circular; precisa de um loop de feedback à medida que coletamos informações e analisamos e nosso pensamento. Às vezes, precisamos voltar para encontrar informações sobre nós analisamos, ou para reunir novas informações ou realizar um tipo diferente de análise. Ao comprar um carro, por exemplo, você pode pensar que fazer sua pesquisa primeiro e, em seguida, ir a um revendedor e negociar um preço é suficiente. Mas há muitos revendedores, e cada um deles tem margem para negociar um preço, então circulando e comparando ofertas pode lhe dar um preço melhor.

8. Eu posso juntar bem minhas idéias na cabeça.

Grandes decisões são compostas por várias decisões menores. Quando tentamos manter todas essas partes móveis em nossa mente, acabamos confiando em uma memória defeituosa e uma mente distraída. Nossas emoções também podem atrapalhar, levando a um pensamento tendencioso. Manter um registro é uma parte importante do pensamento e da análise; tanto Albert Einstein quanto Leonardo da Vinci mantiveram cadernos. Podemos nunca ser tão brilhantes ou criativos como qualquer um desses grandes pensadores, mas podemos pegar uma página de seus cadernos e escrever coisas para criar um registro de nosso pensamento e nosso trabalho.

9. Tenho toda a informação que preciso.

Embora possamos querer avançar, podemos melhorar nossas decisões – e nossa satisfação – investindo em um pouco de pesquisa e confrontando suposições com evidências. Sua melhor amiga pode amar seu carro, mas isso não significa que é o carro para você, especialmente se ele não vai caber o equipamento de hóquei da sua filha. Olhando para os especialistas, tais como Relatórios do consumidor, que faz pesquisas substantivas, pode ajudá-lo a tomar uma decisão educada que também é certa para você.

10. Eu posso tomar uma decisão racional.

Psicólogos de longe, como Amos Tversky e Daniel Kahneman, demonstraram que por mais que gostaríamos de acreditar, nenhum de nós é racional. Todos nós operamos através de um pára-brisa sujo de viés baseado em experiências e sentimentos passados. Você pode pensar que você não vai ser levado por um concessionário de carro, mas eles são vendedores profissionais que sabem como evocar uma resposta emocional.

11. Há apenas uma maneira de fazer isso.

Seja como a cama deve ser feita, qual dieta seguir ou como dividir sua conta de aposentadoria, sempre há mais de uma maneira de chegar ao “sim”. Fomos condicionados a ouvir outras vozes, em silos em nossos círculos de informação, ambiente e mídias sociais. Mas ficar fora de suas rotinas e padrões leva você a ver as coisas de forma diferente. Você pode sempre ter entrado na concessionária para comprar carros, mas mais e mais, as pessoas estão negociando compras de carros on-line e através de mensagens de texto e e-mail.

Tire um tempo fora

Subjacentes a esses mitos estão três ideias comuns e populares que não nos servem bem: Primeiro, como pessoas ocupadas, não precisamos investir tempo para tomar boas decisões. Em segundo lugar, somos seres humanos racionais, capazes de resolver cuidadosamente problemas espinhosos e de alto risco em nossas cabeças. Terceiro, a tomada de decisões é pessoal e não precisa envolver mais ninguém.

Todas essas três suposições são falsas — e problemáticas para um pensamento e análise claras. Não somos computadores. Somos seres sociais que operam em comunidade. Precisamos de tempo para reflexão, de uma capacidade de enfrentar preconceitos inconscientes ou de considerar o quadro maior.

Uma maneira de combater esses preconceitos é colocar uma colisão de velocidade em nosso pensamento – uma parada estratégica para nos dar tempo para pausar, ver toda a imagem e refletir sobre o que estamos experimentando. O abrandamento pode ajudar a melhorar a eficácia ao nos afastar da nossa confiança nesses mitos de tomada de decisão e comportamentos reflexivos.

Chamo essas paradas estratégicas de “pausa de chita”. Eu criei este termo depois de saber que a prodigiosa habilidade de caça da chita não é devido à sua velocidade. Em vez disso, é a capacidade do animal de desacelerar rapidamente, o que o torna um caçador temível. Cheetahs habitualmente correm suas presas em velocidades que se aproximam 60 milhas por hora, mas são capazes de cortar sua velocidade em nove milhas por hora em uma única passada. Isso permite que eles façam curvas afiadas, saltos laterais e mudanças de direção.

Na tomada de decisões, também, o pensamento de qualidade beneficia de períodos de desaceleração pensativa. Essas pausas calculadas permitem que você verifique e desafie seus preconceitos, consolide seu conhecimento, inclua outras pessoas e permitem que você decida se deve girar e se mover em uma nova direção ou continuar o curso antes de acelerar novamente.

Aqui estão cinco perguntas a fazer a si mesmo nestas pausas de chita:

  1. Em quais mitos decisórios estou confiando para tomar essa decisão?
  2. Como essa decisão vai me levar em direção aos meus objetivos de vida?
  3. Meus sentimentos estão relacionados a essa decisão com base no que realmente está acontecendo ou eles refletem meus padrões de comportamento aprendidos?
  4. Que informação há no mundo que poderia me ajudar a tomar essa decisão melhor?
  5. Como posso entender melhor as percepções e perspectivas dos outros envolvidos na decisão?

Da próxima vez que você estiver acelerando para uma decisão, deixe a pausa chita lembrá-lo do valor de tomar uma parada estratégica. Esta sugestão vívida pode ajudá-lo a ver passado mito tomada de decisão “árvores” e além da “floresta” de preconceitos que eles dependem, melhorando suas habilidades de tomada de decisão. O resultado correto da decisão complexa para você está lá fora na selva – e você (não seu smartphone) tem as ferramentas para encontrá-lo.

 

Em 20/04/2021, Harvard Business Review. Ver original »

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